Uma das coisas que mais gosto no meu trabalho é a possibilidade de ajudar pessoas em processos de mudança.
O término de um relacionamento pode ser um desses processos de mudança vivenciado, em alguns casos, como algo brusco, doloroso e desorientador.
Afinal, “de um dia para outro”, com término do relacionamento, guardando as devidas proporções, ocorre um sem-número de perdas significativas, não apenas de caráter externo, como as sociais e econômicas, mas também as perdas internas, estas mais difíceis de elaborar.
Além das emoções mobilizadas, pelo menos em um primeiro momento, há inúmeras dúvidas e providencias que precisarão ser tomadas.
Refazer a vida, após a separação, implica em aprender novamente a trilhar seu caminho. Mas, você não precisa passar por isso sozinha.
Nos primeiros estágios do pós-término é preciso reconhecer a perda, as emoções mobilizadas e, deixar ir, desapegar.
Para isso, a psicoterapia pode ser valiosa no desenvolvimento ou no reconhecimento dos recursos de enfrentamento da dor, da sensação de fracasso, da culpa, da raiva, dos medos, dos mal-estares, dos problemas e percalços que um término pode causar.
Através do autoconhecimento, da possibilidade de reexaminar experiências e sentimentos, a psicoterapia também pode abrir espaço para um reencontro consigo mesma, com o feminino, com a sexualidade que, em alguns casos, pode estar adormecida.
Além disso, permite que você não se sinta tão só, tão desamparada, é um lugar onde você pode expor sua vulnerabilidade de forma segura, com sigilo e muito acolhimento.
Uma separação, se conduzida com sabedoria, pode representar um recomeço, onde é possível transformar a dor em aprendizado e melhoria.