Depressão e insônia na transição da menopausa: Como tratar os sintomas

Depressão e insônia na transição da menopausa: Como tratar os sintomas


A transição da menopausa está associada à flutuação dos níveis horm
onais e ao surgimento de sintomas fisiológicos e psicológicos, incluindo ondas de calor, distúrbios do sonoe alterações de humor, que podem variar entre as mulheres em termos de frequência, gravidade e duração.

A insônia, condição comum e recorrente durante a transição da menopausa, pode ter etiologia multifatorial, tais como:

  • depressão anterior;
  • alterações hormonais e irregularidades nos ritmos circadianos relacionadas à idade/hormônios;
  • circunstâncias da vida

Cuidar de pais idosos, apoiar filhos à medida que eles chegam à idade adulta, passar por um divórcio, assumir mais responsabilidades no trabalho e refletir sobre sua própria jornada de vida, são circunstâncias da vida que podem acontecer durante esse período e podem contribuir para vários problemas de sono diferentes.

Estudos apontam que até 46% das mulheres têm dificuldades para dormir nos anos que antecedem a menopausa. Após a menopausa, cerca de metade das pessoas apresentam distúrbios do sono.

Não dormir o suficiente pode afetar todas as áreas da vida. A falta de sono pode fazer você se sentir irritado ou deprimido, pode fazer com que você fique mais esquecido do que o normal e pode causar mais quedas ou acidentes.

Dito isto, a insônia pode ser considerada um dos fatores de risco relacionados à saúde para depressão e/ou sintomas de depressão durante a transição da menopausa.

A partir de uma perspectiva multifatorial, compreender a intersecção entre menopausa e sono pode ser relevante para quem está navegando neste período transformador.

A insônia e a depressão podem formar um ciclo vicioso, onde a insônia pode piorar os sintomas da depressão, e essa, por sua vez, pode agravar a insônia.

Mas, como sair disso? Como tratar concomitantemente a insônia e a depressão?

Ainda não há um protocolo unânime para o tratamento da depressão e/ou insônia nas fases pré e pós menopausa.

Existe inúmeros estudos sendo desenvolvidos, mas até o momento, o primeiro passo para o tratamento passa pela avaliação do médico.

Inclusive existe uma área da psiquiatria com ênfase na mulher.

No que compete a psicologia e a neuropsicologia, considerando que a menopausa não vem só e pode trazer várias outras mudanças na vida da mulher, penso que seja importante lidar com todos os desafios físicos e psicológicos deste momento de transição.

Para isso, se faz necessário um trabalho de retomada, de ressignificar as experiências de vida, elaborar as perdas, aprimorar a capacidade de enfrentamento e vislumbrar outros caminhos possíveis.

Fazer psicoterapia possibilita a mulher compreender e elaborar o que a menopausa pode significar para ela. A partir deste significante, é possível uma adaptação progressiva, incluindo a oportunidade de maior resiliência, realização emocional e criatividade nas formas de adaptação.

Falando em resiliência, estudos internacionais apontam que fatores específicos de resiliência estão relacionados com a percepção e o sucesso no enfrentamento das mudanças na perimenopausa.

São eles:

OTIMISMO

O otimismo parece ter um efeito positivo na adaptação aos sintomas da menopausa (Caltabiano e Holzheimer 1999; Elavsky e McAuley 2009) e está associado a menos sintomas depressivos (Bromberger et al. 2015).

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Mulheres com elevada inteligência emocional parecem experimentar sintomas de menopausa menos graves (Bauld e Brown 2009) e descrevem uma maior qualidade de vida relacionada com a saúde em comparação com mulheres com menor inteligência emocional (Extremera e Fernández-Berrocal 2002; Bauld e Brown 2009).

ESTABILIDADE EMOCIONAL

A estabilidade emocional parece explicar uma notável variação na adaptação aos sintomas da menopausa (Caltabiano e Holzheimer 1999) e está associada a menos estresse da menopausa e menos sintomas depressivos (Bosworth et al. 2003; Mauas et al. 2014). Lembrando que estabilidade não significa ausência de momentos de instabilidade.

AUTOCOMPAIXÃO

Além disso, elevada autocompaixão e autoestima correlacionam-se negativamente com sintomas depressivos (Brown et al. 2014; Mauas et al. 2014; Bromberger et al. 2015).

AUTOESTIMA

Embora uma autoestima mais elevada pareça ser um preditor de sintomas mais leves da menopausa, uma autocompaixão mais elevada prediz um melhor equilíbrio emocional (Brown et al. 2014).

Todos os fatores acima mencionados contribuem para o aumento da qualidade de vida e do bem-estar.

Ficou curioso e quer saber mais, vem comigo!

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Márcia Feijó

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